quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Psicologia da Educação: Saber como as pessoas aprendem é muito importante para saber ensinar!

É dado o nome de Psicologia da Educação ao segmento de estudos e pesquisas que visam descrever os processos psicológicos presentes na educação.

               Histórico da Psicologia da Educação:

 Até a década de 50, a Psicologia da educação aparece como a 'rainha' das ciências da educação. Seu conceito: uma área de aplicação da psicologia na educação.
Durante a década de 50, o panorama muda. Começa-se a duvidar da aplicabilidade educativa das grandes teorias da aprendizagem, durante este período. Prenuncia-se uma crise ... 
Surgem outras disciplinas educativas tão importantes á educação quanto a psicologia, e esta precisa ceder espaço. 
Na década de 70, assume o seu caráter multidisciplinar, que conserva até hoje. Não mais é considerada como a psicologia aplicada á Educação.
Atualmente, a Psicologia da Educação é considerada um ramo tanto da Psicologia como da Educação, e caracteriza-se como uma área de investigação dos problemas e fenômenos educacionais, a partir de um entendimento psicológico. 

Conceito de Psicologia da Educação: 

Quando se fala, hoje, em 'Psicologia da Educação', vários termos são utilizados indiscriminadamente como sinônimos, tais como: psicopedagogia, psicologia escolar, psicologia da educação, psicologia da criança, etc. Porém seu maior objetivo é constatar ou compreender e explicar o que se passa no seio da situação de educação. 

Por isso, tanto psicólogos quanto pedagogos podem possuir tal especialização profissional. A Psicologia da Educação faz parte dos componentes específicos das ciências da Educação, tal como a sociologia da educação ou a didática. Compõem um núcleo, cuja finalidade é estudar os processos educativos. 

Atualmente, rejeita-se a ideia de que a Psicologia da Educação seja resumida a um simples campo de emprego da Psicologia; ela deve, ao contrário, atender simultaneamente aos processos psicológicos e às características das situações educativas.

São referenciais comuns aos cursos de Pedagogia, Normal Superior e demais licenciaturas, representando, cada um, vertentes do pensamento psicológico educacional. É comum na Psicologia da Educação referir-se à educação da criança e do adolescente, mas também à educação do adulto.

Dois grandes teóricos tidos como precursores dos estudos em Psicologia da Educação:

                            a) Sigmundo Freud


     
Freud acreditava inicialmente que um dos meios para evitar o aparecimento de sintomas neuróticos seria oferecer uma educação não-repressiva que respondesse aos questionamentos da criança à medida que eles fossem surgindo. 
Ele também percebia como os sintomas neuróticos poderiam resultar em certa inibição intelectual. É inquestionável que a pura liberdade não educa e não cria indivíduos saudáveis; pelo contrário, cria inadaptados, narcísicos que acreditam que o mundo gira à sua volta e que nada existe além de suas necessidades individuais.
Neste sistema de pensamento, pode-se compreender que a educação não ocorre sem estar vinculada à repressão; que a educação relaciona-se com a questão do controle dos impulsos através do processo civilizatório.

                                 b) Piaget


       
Piaget, com o construtivismo, formula a ideia de que o conhecimento é resultado do processo de interação entre o sujeito e o ambiente circundante. A capacidade cognitiva humana nasce e se desenvolve, não vem pronta.
A ideia piagetiana de capacidade cognitiva, então, propõe que o conhecimento não nasce no sujeito, nem no objeto, mas origina-se da interação "sujeito-objeto"
Ele dedicou-se a pesquisas que resultaram na criação da Epistemologia Genética. "(...) Para explicar a interação construtiva da criança com o ambiente, utilizou os conceitos de assimilação, acomodação e adaptação. 
A assimilação é a incorporação de um novo objeto ou idéia à que existia anteriormente, ou seja, ao esquema que a criança possui. 
A acomodação implica na transformação do organismo para poder lidar com o ambiente; diante de um objeto ou nova ideia a criança modifica e aprimora esquemas adquiridos anteriormente. 
A adaptação representa a maneira pela qual o organismo estabelece um equilíbrio entre assimilação e acomodação, adaptando-se continuamente às imposições feitas pelo ambiente mas também sendo um sujeito ativo e modificando este mesmo ambiente." 
                                   
                  Assista o vídeo abaixo sobre este Teórico



Contribuição Profissional sobre Psicologia da Educação, de uma querida amiga, como sempre muito sensata e sábia:

Psicóloga Soraia Sampaio SchambecK

Jackie, sempre pergunto ao meu filho: O que você aprendeu hoje na escola? E quando ele diz o que aprendeu, consigo perceber que ele foi capaz de fazer algo que antes não fazia, pois tinha habilidade para isso. Mas me pergunto: Tendo as condições ambientais favoráveis, qual foi o estímulo que o evocou a aprendizagem?
Para os teóricos do condicionamento, o comportamento novo adquirido é realizado através do reforço do estímulo para obter a resposta. Então a aprendizagem é a conexão entre os estímulos e as respostas bem sucedidas.
 Mas há outros pontos para uma boa aprendizagem. Ela tem que ser cognitiva, ela deve possuir um mundo de significados. Se não for assim, sempre nos perguntaremos o porque daquela fórmula de química “aprendida” no ensino médio, isto é, temos que atribuir significados à realidade que nos encontramos para que haja aprendizagem de fato, se não será somente uma aprendizagem mecânica com uma vaga ou nenhuma lembrança no futuro. Na educação infantil quando precisamos ensinar as crianças noção de cidadania por exemplo, é preciso vivenciar, observar, significar e processar para que realmente elas aprendam e possam transformar o meio em que vivem. Assim aprendemos progressivamente de acordo com a maturidade cognitiva de cada um; sempre fazendo pontes de ancoragem para outros conhecimentos assimilados.
Desta forma, precisamos é de escolas que preparem a partir da vida e para a vida, que parta das problemáticas reais. Não podemos seguir educando com modelos baseados em currículos do século passado, deixando de lado o ser humano em sua totalidade. Os professores tem e terão que buscar técnicas de ensinagem impactantes, trazendo as emoções dos seus alunos juntamente com os pensamentos. Fazer os educandos refletirem sem esquecer o que sentem em cada momento. A escola tem que estar interessada em formar pessoas resilientes, sociais, criativas e capazes de transformar situações adversas em oportunidade de bem estar." http://www.facebook.com/sosampaio

Muitissimo obrigada querida, maravilhosa participação! 

                         

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