quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dia do Halloween - 2012

A madrasta disfarçou-se de pobre-velhinha-indefesa-feiosa-e-com-cara-torta, e envenenou uma maçã e foi até a aula do Pré-Vestibular da UFSC de Araranguá.


Entrou e ofereceu a maçã envenenada PARA A GALERA.

 E o que aconteceu?
                                            
A Bruxa se ferrou!
A turma esperta que só, morreu de rir!
E fez a  pobre-velhinha-indefesa-feiosa-e-com-cara-torta dar aula de Geo e Atualidade. 
Porque o Vestibular esta batendo ai e o ENEM é para este  próximo Final de semana!


                                                                                                


Curiosidade
                                
                                            AS BRUXAS da Ilha da magia 
        
        Segundo: Frankilin Cascaes - Historiador Autodidata Famoso de SC
                                           
          Cultura Açoriana
Florianópolis/SC também é conhecida como “a ilha da magia”, e não é a toa. O mito da bruxa é tão antigo como a atual Santa Catarina. De uma forma geral, acredita-se que as bruxas vieram para Florianópolis, na época da colonização açoriana, de navio, quando estas, junto de escravos negros e pessoas doentes, eram banidas da Europa. Também acreditava-se que a sétima filha mulher de um casal, seria bruxa, a menos que fosse batizada pela irmã mais velha.
                                                 Fonte: http://www.oisaojose.com.br/oiout/daredacaout.htm 
                     The End do dia do Halloween - Out/2012
                                                            BEIJOS QUERIDOSSSSSSSSSSS


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Aquíferos Brasileiros: Alter do Chão e Guarani - Conheça-os




Aquífero  

É  uma reserva de água subterrânea.Tal como ocorre com as águas superficiais, demandam cuidados para evitar a sua contaminação

Pesquisas indicam que o território brasileiro abriga 27 aquíferos

Segundo especialistas em hidrologia, a quantidade de água doce subterrânea ( mais de 90% água doce do mundo) seria capaz de abastecer a população mundial numa possível falta de água doce no futuro, este recurso será de extrema importância para a humanidade.


           No Brasil destacam-se os aquíferos:



A) Aquífero Alter do Chão - 100% Brasileiro


O aquífero Alter do chão recebeu esse nome por estar situado nas proximidades da cidade de  Alter do Chão,  uma cidade turística próxima de Santarém .

Crédito: CEDOC - Agência Nacional de Águas - ANA
                      
Em abril de 2010, pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) afirmaram que o aquífero Alter do Chão, localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá.

       Este é o maior aquífero do mundo em volume d´água.        
Dados revelam:

a) Área  de 437,5 mil km² com espessura de 545 metros.

b) Com 86 mil km³ teoricamente ocuparia uma pequena área em extensão,  mas um grande volume, reservando aproximadamente 85 mil km³ de água contra apenas 45 mil km³ do aquífero Guarani.

c) Abastece a totalidade de  Santarém e quase a totalidade de Manaus através de poços profundos.



B) Aquífero Guarani


Aquífero Guarani e foi nomeado em homenagem à tribo Guarani. já foi considerado como a maior reserva subterrânea de água doce do mundo até 2010.  Hoje é a segunda maior.

Um manancial que atravessa as fronteiras de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.


- Ocupa uma extensão de terra de, aproximadamente, 1,2 milhão de quilômetros quadrados.

- A profundidade da reserva é de, aproximadamente, 1500 metros.

-  70% desse reservatório de água está localizado no Brasil, espalhado pelo subsolo de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

- A reserva de água está protegida de contaminações e infiltrações por uma camada de rocha basáltica, que facilitam a absorção das águas das chuvas, que ficam confinadas em rochas impermeáveis a centenas de metros de profundidade. 

-  Os maiores vilões desse processo são o agrotóxico utilizado na agricultura e o vinhoto (resíduo da destilação fracionada da cana-de-açúcar), que atingem o reservatório.

      O aquífero Guarani em Santa Catarina

O risco de contaminação, apontado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é preocupante, mas ainda não compromete para o uso do homem os quase 50 quatrilhões de litros de água do aquífero. 
(Luiz Fernando Scheibe, professor do departamento de geociências da UFSC)

Na dissertação de mestrado defendida por Cícero Almeida no Departamento de Geografia da UFSC encontra-se:

 a) O nível da água do aquífero Serra Geral ( Assim denominado no trecho SC como um sistema integrado o aquífero Serra Geral e o Guarani ) teria aumentado após o enchimento dos reservatórios das usinas hidrelétricas de Itá e Machadinho, em Santa Catarina.

b) O aumento de nível teria tornado esse aquífero mais vulnerável às infiltrações de agrotóxicos e dejetos animais presentes nos rios da região e nas próprias barragens. 

c) Portanto, a  poluição é decorrente sobretudo da prática da suinocultura concentrada e da agricultura extensiva, sobretudo de soja e milho.


          

No link abaixo você encontrará alguns mapas sobre o Aqüífero Guarani na América do Sul e em Santa Catarina.
http://www.aquiferoguarani.ufsc.br/banco_de_dados.html

Forte abraço, Profª Jackie


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Enquanto isso: Belo Monte e um das Tribos de maior destaque no Brasil e no Exterior os kayapó

Dedico este material a minha aluna do Pré-Vestibular da UFSC
Araranguá  - Aryan Borges

Quem são os Kayapós                                   

Vivem em aldeias dispersas ao longo do curso superior dos rios Iriri, Bacajá, Fresco e de outros afluentes do caudaloso rio Xingu, desenhando no Brasil Central um território quase tão grande quanto a Áustria. É praticamente recoberto pela floresta equatorial, com exceção da porção oriental, preenchida por algumas áreas de cerrado.
                       
                   
                  Sua relação com os homens brancos:


Nos anos 80 e 90, os Kayapó tornaram-se célebres na mídia nacional e internacional pela ativa mobilização em favor de direitos políticos, da demarcação de suas terras, e também pela forma intensa como se relacionam com os mercados locais, em busca de produtos industrializados. No curso dessa mobilização, rostos como o dos líderes Ropni (mais conhecido como Raoni) e de Bepkoroti (Paulinho Payakã), tornaram-se mundialmente famosos, clicados pela imprensa ao lado de artistas, personalidades e grandes chefes de estado. Suas aparições espetaculares em Brasília, durante o processo da Assembléia Constituinte, e a intensa movimentação desses líderes em articulações no Brasil e no exterior foram a marca do período.
No início dos anos 90, portanto, a associação dos Kayapó com o discurso ambientalista internacional estava no auge. É possível que, dadas as circunstâncias, os líderes Kayapó tenham se valido dessa representação para chamar a atenção da opinião pública internacional acerca dos problemas que os afligiam, sobretudo a situação de suas terras. Mas a imagem idealizada que parte do movimento ambientalista tinha dos Kayapó impediu de ver que a defesa que estes faziam da floresta e da natureza não tinha um fim em si mesmo, nem baseava-se numa suposta pureza silvícola. Fica a impressão de que a ajuda internacional só se interessava pelos índios na medida que eles se comportavam como defensores da natureza. 

Por outro lado, a experiência acumulada diz aos Kayapó que nem sempre se pode confiar no kuben ("branco"), e que as parcerias são intrinsecamente instáveis e conflituosas. Para eles, os brancos não se comportam adequadamente, pois mentem em demasia (kuben ênhire), ou como costumam descrever jocosamente os Xikrin, têm "duas bocas" (japê kré amé). Os Kayapó sabem que as negociações com madeireiros e garimpeiros, apesar de importantes em algum momento, foram prejudiciais e quase sempre desonestas. Hoje, mostram-se abertos a alternativas ao modelo econômico predatório que se enraizou fortemente na Amazônia sobretudo no regime militar. Os Xikrin, por exemplo, romperam todos os contratos com madeireiros no início da década de 90 e apostaram no desenvolvimento de um modelo de exploração florestal sustentável e renovável, dentro dos padrões de certificação internacional. Foram o primeiro grupo indígena no Brasil a ter um Plano de Manejo Florestal aprovado pela Funai e pelo Ibama, e hoje começam a despontar como exemplo não só para os outros Kayapó, como para todo o estado do Pará, no que diz respeito à questão madeireira. Atualmente, muitas comunidades Kayapó desenvolvem projetos de alternativas econômicas sustentáveis, em parcerias com ONGs e agências multilaterais de financiamento.

           Canto dos Kaiapós ou Caiapós na Rio+20 - Cúpula dos Povos







O famoso mundialmente Cacique Raoni pede o fim de          

                   Belo Monte durante Rio+20

Por sua luta em defesa da Amazônia, pediu na conferência Rio+20, que os governos deixem os índios em paz.O caiapó afirmou que é contra a construção da usina Belo Monte, na floresta amazônica. Veja vídeo abaixo: 



domingo, 28 de outubro de 2012

Põe na tela, amarelo! Galeraaa Millenium de Zimba!


Ahhh não resisti e mandei a foto desta galera, para o Cacau Menezes postar no RBS TV!
Esta  foi minha surpresa especial  para esta turma! rsrsr, mil beijos

Profª Jackie

Aiiiiii Cacau 


                    Põe na tela, amarelo!


Possível tema de redação do ENEM: Programa do Ministério da Saúde vai combater a obesidade infantil nas escolas!

Não existem provas específicas de atualidades no Enem e nos vestibulares

O que há, de fato, são disciplinas como história e geografia fazendo uso de fatos recentes para abordar o que foi aprendido ao longo da vida escolar. 

     Obesidade Infantil - Preocupação nas Escolas

Tema foi escolhido para a primeira edição da Semana de Mobilização Saúde na Escola, que acontecerá em mais 2.200 municípios de 5 a 9 de março/2012 pelo Ministério da Saúde

A medida foi anunciada pela presidenta Dilma Rousseff durante o programa de rádio Café com a Presidenta desta segunda-feira (23). Neste ano, mais de 50 mil escolas em 2.500 municípios brasileiros se comprometeram a implementar metas e ações de promoção, prevenção, educação e avaliação das condições de saúde das crianças e adolescentes nas escolas.

SAÚDE NAS ESCOLAS - As ações do Programa Saúde na Escola são desenvolvidas por equipes de Saúde da Família ligadas à Unidade de Saúde Básica (UBS), que se deslocarão até a escola para examinar as crianças e desenvolver práticas educativas de promoção, prevenção e avaliação das condições de saúde. “A manutenção do peso adequado desde a infância é um dos principais fatores para a prevenção de doenças na fase adulta”, explica a coordenadora do Programa Saúde da Família, Raquel Turci. Neste ano também serão programadas visitas da comunidade às Unidades Básicas de Saúde, ação prevista dentro da estratégia Saúde Mais Perto de Você.


INVESTIMENTOO Ministério da Saúde autorizou em dezembro de 2011 o repasse de R$ 108 milhões referente aos 2.271 municípios que aderiram ao PSE no ano passado, sendo que R$ 65,7 serão destinados aos municípios que fazem parte do Mapa da Miséria. Outros 229 municípios aderiram ao programa neste ano e novos recursos serão repassados a partir de fevereiro. Os valores serão liberados em duas etapas: na primeira, o município receberá no início de 2012 os 70% do valor acertado para implementar as ações. Os 30% restantes serão pagos em dezembro de 2012, após prestação de contas das ações em desenvolvimento.
O Programa Saúde na Escola é desenvolvido pelos Ministérios da Saúde e Educação, desde 2007, com o objetivo de prevenir e promover a saúde dos educandos de 5 a 19 anos. A iniciativa foi integrada ao Programa Brasil sem Miséria, lançado pela Presidência da República em 2011.

A capital paranaense será incluída na maior ofensiva do país para combater a obesidade infanto-juvenil porque 7% das crianças e adolescentes com menos de 15 anos da cidade estão acima do peso.
 
UF
UF
Nº municípios
DISTRITO FEDERAL
DF
1
GOIÁS
GO
99
MATO GROSSO DO SUL
MS
32
MATO GROSSO
MT
63
TOTAL CENTRO-OESTE
195
ALAGOAS
AL
92
BAHIA
BA
218
CEARÁ
CE
149
MARANHÃO
MA
185
PARAÍBA
PB
181
PERNAMBUCO
PE
103
PIAUÍ
PI
131
RIO GRANDE DO NORTE
RN
149
SERGIPE
SE
58
TOTAL NORDESTE
1266
ACRE
AC
14
AMAZONAS
AM
25
AMAPÁ
AP
2
PARA
PA
40
RONDONIA
RO
1
RORAÍMA
RR
2
TOCANTINS
TO
99
TOTAL NORTE
183
ESPIRITO SANTO
ES
24
RIO DE JANEIRO
RJ
39
SÃO PAULO
SP
44
MINAS GERAIS
MG
305
TOTAL SUDESTE
412
PARANÁ
PR
80
RIO GRANDE DO SUL
RS
58
SANTA CATARINA
SC
77
TOTAL SUL
215
TOTAL GERAL
2271 

Foto capa: Bruno Spada / MDS
Estatísticas mostram que uma em cada dez crianças em todo o mundo é obesa e no Brasil a doença também representa um sério problema de saúde pública, já que cerca de 7% da população infanto-juvenil tem problemas com a balança. 

sábado, 27 de outubro de 2012

Se a morte de uma cultura inteira te indigna...Assine e compartilhe esta petição !



Conforme o advogado, os guarani-caiuá estão apreensivos e esperam ser surpreendidos a qualquer momento por pistoleiros, o que vêm acontecendo com frequência . “Eles são diariamente ameaçados”, relata.


Entenda o conflito
A situação dos índios é antiga. “Na década de 20, o estado brasileiro criou oito reservas indígenas em Mato Grosso do Sul. E aí saíram pegando os índios que estavam espalhados em várias partes do estado e colocando nesses locais. Ao mesmo tempo, houve uma política de colonização, concedendo as terras indígenas a particulares”, afirma.
O impasse
Ocorre porque os indígenas querem de volta os locais originais onde moravam. A briga existe porque os fazendeiros, legalmente, são donos dos locais e correm o risco de receberem indenizações baixas pelas áreas. Então nesta história toda tem mais culpado que imaginamos!
Morrem Chicos Mendes...morrem Dorothis Stangs..morrem os índios e governos se sucedem
sempre não tomando as medidas necessárias. 
                                                                     (Frase da amiga:  Luiza Menegaro)




‎"Nos dias de hoje, cada vez mais, acentua-se a necessidade de ser forte. Mas não há uma fórmula mágica que nos faça chegar à força sem que antes tenhamos provado a fraqueza."
´¯`•.¸. Fábio De Melo

Atenção texto: Retirado da Revista Carta Capital - LEIA

         Cimi Conselho Indigenista Missionário - critica inverdades sobre                    

                      suicídio coletivo dos índios


A carta logo tomou proporção e passou a ser interpretada como um anúncio de “suicídio coletivo” por parte da tribo. 
Na quinta-feira 23/10/2012 o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), órgão vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), publicou uma nota em seu site retratando o uso do termo. Para a entidade – uma das principais promotoras dos direitos indígenas no estado – os Kaiowá e Guarani falam em morte coletiva no contexto da luta pela terra. Quer dizer, se a Justiça e os pistoleiros contratados pelos fazendeiros insistirem em tirar os índios de suas terras tradicionais, eles estão dispostos a morrer todos nela, sem jamais abandoná-las.
O Cimi também esclarece que o suicídio entre os Guarani-Kaiowá já ocorre há tempos e é mais comum entre os jovens. De acordo com o órgão, entre 2000 e 2011 foram 555 suicídios motivados principalmente por situações de confinamento, falta de perspectiva, violência aguda e variada, afastamento das terras tradicionais e vida em acampamentos às margens de estradas – nenhum dos referidos suicídios ocorreu em massa, de maneira coletiva, organizada e anunciada.

Ok, se esse era o problema, esclarecimento feito! No meu ponto de vista, tal esclarecimento não ameniza em nada a atual e infeliz situação dos índios Guarani-Kaiowá no Mato Grosso no Sul, alias reforça a verdade que a  violência extremada que este povo vem vivendo  ocorre a muitos anos!

  Ou sejá, sociedade brasileira estamos atrasados nesta luta!
                                         Forte abraço à todos, profª Jackie

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Como será a seleção para cursos de graduação, para 2013, em algumas Universidades públicas no Sul do Brasil.



 Santa Catarina
• Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) 
 70% das vagas através de vestibular e 30% pelo programa de ações afirmativas; vagas remanescentes pelo Enem
• Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)
 A universidade informa que o processo seletivo utilizará nota do Enem, mas ainda não definiu como será o processo após a sanção da Lei de Cotas.

Rio Grande do Sul
• Universidade Federal de Rio Grande (FURG) 
 O ingresso em todos os cursos de graduação ocorrerá pelas notas do Enem, utilizando o Sistema de Seleção Unificada (Sisu)
• Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) 
 O ingresso em todos os cursos de graduação ocorrerá pelas notas do Enem, utilizando o Sistema de Seleção Unificada (Sisu)
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
 Através de vestibular, constituído pelo Processo Seletivo da UFSM (80% da nota do candidato) e pelo Enem (20% da nota do candidato). Alguns cursos novos têm o ingresso via Sisu
• Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)  O ingresso em todos os cursos de graduação ocorrerá pelas notas do Enem, utilizando o Sistema de Seleção Unificada (Sisu)
• Universidade Federal do Pampa (Unipampa) 
 O ingresso em todos os cursos de graduação ocorrerá pelas notas do Enem
• Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) 
 A universidade utilizará a nota do Enem para o ingresso. Ainda não foi definido se o Sisu será utilizado
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) 
A universidade realiza vestibular próprio, e o uso da nota do Enem é opcional. Ela constará como uma prova a mais e integrará o cálculo da nota final, tendo peso dois no argumento de concorrência.

Paraná
• Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Através de vestibular, a nota do Enem compõe 10% da nota final
• Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) - O ingresso em todos os cursos de graduação ocorrerá pelas notas do Enem, utilizando o Sistema de Seleção Unificada (Sisu)
• Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) - Através do Enem, sendo acrescido até 20% sobre a nota do Enem de acordo com o número de anos do Ensino Médio estudados em escola pública (Fator Escola Pública)
• Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Não vai utilizar o Enem para compor as notas do vestibular
• Universidade Estadual de Londrina (UEL) - Utiliza o Enem para seleção das vagas remanescentes.
Fonte: Terra.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

100 ANOS DO CONTESTADO - Tema de vestibulares em Santa Catarina com certeza


                                                         ASSISTA ESTE VÍDEO:
                                                     DURAÇÃO APROX. 7 MINUTOS

Como explicar que gente tão humilde, tão pobre, tão ignorante, tão primitiva, tenha enfrentado forças tão poderosas e durante quase quatro anos sua resistência e seu protesto? 

Osny Duarte Pereira (1966)

Mesmo silenciado pelo tempo e pela história oficial desta república, Osny Duarte Pereira, um brasileiro nascido no Contestado, não é um desses intelectuais apolíticos roídos pelos vermes do silêncio; ele nos traz, cinquenta anos depois, um olhar atual e estarrecedor da grandiosidade erguida pelos caboclos e caboclas nos sertões da amortalhada floresta de araucárias. 


A sua direita: Monge João Maria que aderiu ao conflito



Passados 100 anos do início da maior guerra civil camponesa brasileira, como entender os altos índices de miséria na região onde se teve o desenrolar dela? 

Tal assertiva se baseia – e é visível – nos dados públicos emitidos por órgãos federais e estaduais, que traçam “um retrato regional” e revelam que tanto a população urbana quanto a rural apresentam baixos índices de qualidade de vida, se comparada com outras regiões desenvolvidas de Santa Catarina e do Paraná. 

É notório que essa região já estava abaixo dos padrões de desenvolvimento regional na época da Guerra do Contestado, mas 100 anos depois, passando por todos os processos de desenvolvimento observados nos dois estados mencionados, ela não conseguiu acompanhar o padrão de riqueza das demais regiões. 

Este subdesenvolvimento teria origem no desenrolar da Guerra do Contestado ?  Esta também associado à concentração histórica da riqueza nas mãos de pequenos grupos e de famílias influentes, como os coronéis da terra do passado ou os empresários da indústria madeireira e ervateira das cidades que compõem essa região geográfica na atualidade? Quem são os miseráveis desta região: os que descendem do caboclo originário daquela terra ou os que descendem de grupos europeus que chegaram depois?
Mapa da área contestada


Por quê a população foi expulsa de suas terras?

Neste caso, o melhor exemplo é fornecido pelo vale do rio do Peixe, na década de 1910, quando a ferrovia que atravessava o vale colonizou as terras marginais aos trilhos, já ocupados por uma população luso-brasileira. A concessão de 15 km de cada lado da ferrovia, que se estendia por 372 km em território contestado, representou 6.696 km2 que foram desapropriados, um dos fatos mais marcantes da revolta popular cabocla – a expulsão das suas terras.

É correto afirmar que este conflito colaborou para a formação territorial do sul do Brasil?

A Guerra do Contestado se constitui como um dos momentos mais importantes da formação territorial do sul do Brasil, mesmo com forte diferenciação. Soma-se aos grandes movimentos revolucionários que marcaram a vida civil, política e militar, juntamente com a Guerra Civil (conhecida como Revolução Federalista), a República Catarinense (ou Juliana) e a Revolução Farroupilha, por exemplo.

100 anos depois como esta socioeconomicamente  esta região?

Em síntese, a região do Contestado se caracteriza como um enorme bolsão de miséria em Santa Catarina, o que não é diferente na parte que coube ao Paraná depois da “partilha” do território, no acordo de 1916, que “colocou fim” numa guerra genocida de uma população tida como pobre – a Guerra do Contestado. A guerra foi maldita, ceifou milhares de vidas camponesas por interesses do capital e dos coronéis da época, gerando, 100 anos depois do seu início, um território maldito, marcado pela maldição das políticas públicas ineficientes, corruptas e de interesses de pequenos grupos que dominam a região, em todas as escalas.

Artigo escrito pelo professor Nilson Cesar Fraga , Mestre em Geografia (UEM) e Doutor em Meio Ambiente (UFPR).