sábado, 8 de setembro de 2012

Vivemos todos em uma "Sociedade Tecnológica"?

Porém para fazer parte deste "todos" você tem que ter dinheiro!


A sociedade hoje é marcada pelo fluxo das informações e pela velocidade das transformações. Viajamos distâncias impossíveis em questão de minutos, sintonizados em uma internet, países entram em caos econômicos, bolsas de valores ditam as regras de uma sociedade, por meio de fibras óticas dedilhamos vidas e capitais, a rapidez nos meios de transportes e comunicações nos deixaram mais conectados, porém mais frágeis e também mais propensos a crises, lembro na Crise dos países asiáticos em 1997, em questão de horas já tinha rodado o mundo, exceto os países que não tinha sistema on line, que demoraram mais de 24h para aderir ao quebra-quebra financeiro, como foi o caso da Venezuela.  Nesse sistema científico-tecnológico, o homem perde seu lugar, transforma-se num número, e a humanização se entrelaça com o poder tecnológico e financeiro, que define a nova Ordem Mundial.

Como se vive nesta sociedade?
Nesta sociedade tecnológica, o ser humano foge por opção ou por falta de tempo do meio natural e permanece por mais tempo no meio técnico,  para não sermos excluídos digital ou tecnologicamente buscamos conhecimentos e gastamos cada vez mais, e por consequência buscamos cada vez mais dinheiro, ou somos incluídos neste mundo ou não, não existe o meio termo, o quem sabe, ou o talvez . Com esta necessidade, ele, o homem, eu e você,  tornamo-nos cada vez mais consumidores exagerados, desenfreados, abestados, sem escrúpulos. A nossa busca,  sacrifica liberdade e recursos naturais, e sem percebermos, somos escravos de nossa criação, a criatura agora domina. O que interpõe entre o homem e a natureza é uma rede de máquinas e técnicas apuradas. O homem explora a natureza, domina-a e utiliza-a para seus fins. Em decorrência da expansão dos recursos técnicos, a estrutura da sociedade tecnológica resulta muito mais complexa do que a da sociedade tradicional. A humanidade vicia-se em excesso de informações e rapidez, os pequenos passeios a sós ou acompanhado, deixam de ser o mais interessante, o celular passa a ser uma parte integrante do seu corpo, viver conectado, é melhor que viver acompanhado, somos rápidos e intensos,  vivemos mais afoitos e mais preocupados, as maravilhas da tecnologia misturam-se cada vez mais com os horrores da miséria absoluta, da nossa miséria moral, intelectual e financeira.  E o que nos incomoda pode ser apenas deletado, tudo se resumi a uma tecla, um número, um toque. Somos a máquina!


Sondas e naves nos enviam informações detalhadas dos mais longínquos planetas do sistema solar, um telescópio em órbita da Terra é capaz de nos mostrar os instantes seguintes à própria criação do Universo tal como o conhecemos, aviões cruzam os ares a velocidades inimagináveis, a medicina faz progressos que, a cada dia, aumentam as expectativas do tempo de vida das pessoas. 


Ao mesmo tempo, somos assolados pelo vírus que atravessam oceanos em horas, que matam milhões de pessoas e para o qual não conseguimos encontrar uma vacina; doenças há muito erradicadas, como a dengue, a febre amarela, a cólera, que vicejam apenas em condições de miséria, mataram milhares de pessoas nas regiões mais pobres do planeta, sem que se consiga fazer nada. Descobrimos o Bosón de Higgs, mas não descobrimos ainda qual melhor maneira de evitar carência, depressão e guerras.

Clonamos, criamos bactérias mutantes, transformamos herbívoros em carnívoros, brincamos de deuses, e desconhecemos o nome de nossos vizinhos,  o que se passa em nosso bairro, sabemos que a China sofre neste momento com terremoto, e que mil tecnologias serão criadas e adaptadas para o nosso bem viver, mas esquecemos que nem toda tecnologia do mundo poderá nos salvar de nós mesmos!

Dedico este minha produção textual a minha aluna de pré-vestibular
Isadora Carvalho

Forte abraço, querida!

Professora Jackie


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